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Pronto para a indústria 4.0? Não se esqueça dos seus fluxos manuais
A Indústria 4.0 está nos planos há um bom tempo, mas sua realização ainda está longe do que aparece em nossos feeds de notícias diários. Quando visito ou converso com clientes, fico com a impressão de que muitos deles ainda não têm a base para sequer começar a falar sobre a Indústria 4.0. O problema? Eles negligenciam seus fluxos manuais’ de processamento.
Em um local de produção nutracêutico, a operadora Anna é responsável pelo fluxo de material na área de processamento A. Ela começa seu turno entrando na sala de material para pegar o balde com a etiqueta ”compressora A”, anda pela fábrica e sobe algumas escadas para alcançar um ponto aproximadamente dois metros mais alto, de onde ela pode despejar o pó do balde em um funil na parte superior de uma compressora que, se não fosse por isso, seria totalmente automatizada. Ela remove a tampa e esvazia o balde. A poeira a faz espirrar. Ainda espirrando, ela desce as escadas, quase escorrega, mas consegue não cair. Na base da escada, ela aperta o botão de partida. Quando a compressora termina seu trabalho, comprimidos brancos são ejetados da máquina, caindo em um container no chão. Anna fecha o container e o entrega para a próxima etapa do processo –a linha de embalagem totalmente automatizada.
Anna é uma personagem fictícia, mas sua situação parece ser bem comum em algumas indústrias. Na Piab, ajudamos diariamente nossos clientes a converterem fluxos manuais em fluxos automatizados usando tecnologia de transporte a vácuo. Quanto à situação de Anna descrita acima, tanto a entrada do fluxo (o pó) quanto a saída (os comprimidos prontos) podem ser solucionadas usando um sistema de transporte a vácuo semi (solução convencional) ou totalmente automático (controlado por aprendizado de máquina), em que a interação humana se torna mínima já que o próprio sistema pode se adaptar à umidade e à densidade do material etc. Ao mudar de um fluxo manual para um automatizado, os pré-requisitos básicos são estabelecidos para gerar dados relevantes e conectar todo o sistema, sem deixar ilhas de “caixas pretas” manuais para trás. No caso de Anna, isso também levaria a uma menor exposição à poeira além de reduzir os riscos ergonômicos e de segurança relacionados ao fato de ela lidar com o material manualmente. O resultado seria maior produtividade e um ambiente de trabalho melhorado.
Na maior parte, os próximos anos serão gastos na transformação de fluxos manuais em fluxos automatizados que geram dados relevantes e se conectam para formar uma unidade, focando na otimização geral em vez de cada parte individualmente. Os esforços estarão focados em atualizar fluxos semiautomatizados para soluções totalmente automatizadas baseadas em interação física humana mínima. Só quando isso acontecer poderemos falar em Indústria 4.0 e seu potencial para a indústria de processamento. Isso se resume a entender e investir no elo mais fraco –porque é isso que impede sua empresa de atingir o máximo potencial da Indústria 4.0.